Hoje não falarei sobre futebol, pois vim contar um pouco de história para vocês! Sempre vivi rodeada pela Alemanha. Na cidade onde nasci, cresci e nos municípios ao redor, é comum ver bandeiras germânicas em frente de casas, na rua, entortar os canecos nas festas, como Kerb e Oktoberfest e as pessoas usam trajes bávaros (ah, elas escutam músicas alemãs, também, as famosas ‘bandinhas’). Meus coleguinhas na escola, 98%, tinham sobrenomes com mais consoantes que vogais, sempre chamei geleia de schmier, comi pretzel no shopping e, durante minha infância, achava minha cidade feia por só ter “prédios velhos”. Rotina, sabe?
Nunca, por muitos anos, parei para saber o motivo de todas essas coisas serem comuns por aqui e, bom, hoje a razão completa 190 anos. Isso mesmo, no dia 25 de julho de 1824, chegaram os primeiros alemães ao Brasil, mais precisamente ao Vale do Rio dos Sinos (onde mora esta que vos escreve).
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A imigração alemã é uma realidade marcante na história do Brasil desde que o país declarou sua independência de Portugal. A colonização começou quando o governo brasileiro resolveu ocupar as remotas regiões da fronteira, em 1822, para que minimizasse as constantes ameaças de invasão que sofriam por parte da Argentina (eles cumpriram a ameaça durante a Copa, mas deixa pra lá). Por tal motivo, enviou o major Georg Anton von Schäffer à Alemanha para recrutar interessados em viajar.
Para convencer os alemães a se mudarem, o governo oferecia passagem, lote de terra com 78 hectares, 160 réis para cada colono no primeiro ano e meio de estadia, além de vacas, bois, galinhas e porcos. Assim sendo, no dia 25 de julho de 1824, chegaram 39 imigrantes alemães ao Brasil, aqui no Vale do Sinos. É bom lembrar que a Alemanha estava dividida em reinados, principados e ducados, todos independentes, naquela época, unidos apenas pelo idioma. Foi um ponto crucial para a decisão dos imigrantes.
Estima-se que nos primeiros 50 anos de imigração, vieram para o Rio Grande do Sul, entre 20 e 28 mil alemães, quase todos dedicados à colonização agrícola. Essa imigração toda alterou a ocupação de espaços, levando pessoas para áreas, até então, desprezadas. Houve, também, modificações de grande importância na economia, visto que os colonos alemães acabaram por formar uma classe de pequenos proprietários e artesãos livres em uma sociedade dividida entre senhores e escravos.
E a coisa não parou por aí, pois afirma-se que desde a chegada, em 1824, aproximadamente 300 mil alemães vieram para o Brasil. Ainda no século 19, subiram para Santa Catarina, que, atualmente, tem a maior população de descendência alemã (mais de 20%), e seguiram para Paraná, Espírito Santo e, em menor escala, Rio de Janeiro e São Paulo.
Vimos o Brasil inteiro se render aos encantos alemães durante a Copa do Mundo, mas a presença deles por terras tupiniquins já está marcada há 190 anos. Fazem parte da nossa história e deixaram descendentes que levam a sério a cultura trazida por seus antepassados. A Alemanha tem o melhor futebol do mundo, claro, mas tem muito mais a oferecer! Vale a pena conferir.
*Coloquei algumas fotos de como é em Novo Hamburgo, minha cidade, onde muitos prédios ainda levam a identidade de seus fundadores.
Nunca, por muitos anos, parei para saber o motivo de todas essas coisas serem comuns por aqui e, bom, hoje a razão completa 190 anos. Isso mesmo, no dia 25 de julho de 1824, chegaram os primeiros alemães ao Brasil, mais precisamente ao Vale do Rio dos Sinos (onde mora esta que vos escreve).
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A imigração alemã é uma realidade marcante na história do Brasil desde que o país declarou sua independência de Portugal. A colonização começou quando o governo brasileiro resolveu ocupar as remotas regiões da fronteira, em 1822, para que minimizasse as constantes ameaças de invasão que sofriam por parte da Argentina (eles cumpriram a ameaça durante a Copa, mas deixa pra lá). Por tal motivo, enviou o major Georg Anton von Schäffer à Alemanha para recrutar interessados em viajar.
Para convencer os alemães a se mudarem, o governo oferecia passagem, lote de terra com 78 hectares, 160 réis para cada colono no primeiro ano e meio de estadia, além de vacas, bois, galinhas e porcos. Assim sendo, no dia 25 de julho de 1824, chegaram 39 imigrantes alemães ao Brasil, aqui no Vale do Sinos. É bom lembrar que a Alemanha estava dividida em reinados, principados e ducados, todos independentes, naquela época, unidos apenas pelo idioma. Foi um ponto crucial para a decisão dos imigrantes.
Estima-se que nos primeiros 50 anos de imigração, vieram para o Rio Grande do Sul, entre 20 e 28 mil alemães, quase todos dedicados à colonização agrícola. Essa imigração toda alterou a ocupação de espaços, levando pessoas para áreas, até então, desprezadas. Houve, também, modificações de grande importância na economia, visto que os colonos alemães acabaram por formar uma classe de pequenos proprietários e artesãos livres em uma sociedade dividida entre senhores e escravos.
E a coisa não parou por aí, pois afirma-se que desde a chegada, em 1824, aproximadamente 300 mil alemães vieram para o Brasil. Ainda no século 19, subiram para Santa Catarina, que, atualmente, tem a maior população de descendência alemã (mais de 20%), e seguiram para Paraná, Espírito Santo e, em menor escala, Rio de Janeiro e São Paulo.
Vimos o Brasil inteiro se render aos encantos alemães durante a Copa do Mundo, mas a presença deles por terras tupiniquins já está marcada há 190 anos. Fazem parte da nossa história e deixaram descendentes que levam a sério a cultura trazida por seus antepassados. A Alemanha tem o melhor futebol do mundo, claro, mas tem muito mais a oferecer! Vale a pena conferir.
*Coloquei algumas fotos de como é em Novo Hamburgo, minha cidade, onde muitos prédios ainda levam a identidade de seus fundadores.
SC e RS terra boa de se viver, terra de alemães, um bom mate e e um bom frio, adicionados a um amor pela Deutschland, AMO MUITO TUDO ISSO, Sul é meu país, abraço de Orleans-SC
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